No jogo mais emocionante do EURO 2012, em que só a vitória interessava e com um CR7 irreconhecível, foi NANI a vestir a pele de craque e a embalar Portugal para uma vitória sofrida. Silvestre VARELA, foi o herói improvável e, já perto do final abriu as portas do apuramento para a seleção das quinas. Em Kharkiv, a Alemanha "despachou" a Holanda e colocou a equipa de bert VAN MARWIJK perto da eliminação.
A precisar de uma vitória para poder ainda lutar pelo apuramento, Portugal entrou contra a Dinamarca com uma disposição diferente daquela que tinha entrado com a Alemanha e os resultados foram também mais animadores. Apesar da Dinamarca ter entrado melhor, Portugal equilibrou e em termos atacantes, até ao golo de PEPE, jogou um pouco em passes longos para NANI ou cristiano RONALDO, à imagem do que tinha sucedido frente à Alemanha, mas quase nunca a bola chegava a POSTIGA na frente. JOÃO MOUTINHO e raúl MEIRELES também defenderam mais em cima, pressionando os médios defensivos dinamarqueses, evitando assim que a bola chegasse ao jovem talento christian ERIKSEN. Após o golo, a equipa lusitana, tentou proteger mais a bola e defender mais perto da área, mas aí viram-se as debilidades portuguesas. Ora RONALDO, ao contrário de NANI, nunca fechou a sua ala e lars JACOBSEN teve sempre liberdade tanto para subir e cruzar à vontade explorando as alturas onde a Dinamarca é forte.
Certo é que quando os "vikings" tentaram uma reação, hélder POSTIGA fez o 2º e aí pensei que a seleção partisse para um jogo tranquilo. Mas ao contrário do meu pensamento, após uma boa jogada da equipa de MORTEN OLSEN, nicklas BENDTNER reduziu e colocou a sua equipa na luta pelo resultado.
No segundo tempo, a "nossa" seleção pressionou alto, tentando evitar que a bola entrasse nas alas e o jogo acabou por ficar algo partido. A Dinamarca foi subindo as linhas e Portugal passou a tentar praticar o seu estilo habitual, com saídas rápidas, tentando aproveitar os espaços. E só assim se compreende a entrada de NÉLSON OLIVEIRA, que mais uma vez esteve longe de fazer uma boa exibição. E quando PAULO BENTO se preparava para fazer entrar silvestre VARELA e, logo a seguir a uma enorme perdida de RONALDO que, em mais uma situação em que o mesmo RONALDO não apareceu a compensar do lado esquerdo, nicklas BENDNER aproveitou a falta de marcação de PEPE para igualar a partida e fazer o sexto golo a Portugal em cinco jogos. Para a equipa de PAULO BENTO, foi o terceiro golo sofrido de cabeça neste europeu, o terceiro também a partir de um cruzamento do lado esquerdo.
Com cerca de 10 minutos para jogar, a Dinamarca não tentou defender o empate e Portugal teve liberdade para subir no terreno ganhando mesmo alguma superioridade. E já quando se faziam as contas ao empate, numa subida do caxineiro FÁBIO COENTRÃO, que VARELA, no coração da área e numa segunda tentativa de remate, acaba por ter a sorte que faltou na partida com a Alemanha e fazer o terceiro golo.
Com uma dose de sofrimento, a seleção passa a depender apenas de si para passar a fase de grupos e confesso que estou curioso para saber como vai encarar o jogo com a Holanda, num jogo onde a derrota pode dar apuramento e a vitória pode resultar em afastamento.
Precisamente a Holanda que frente à Alemanha, não afastou nem os fantasmas que atormentam o balneário como não ultrapassou a derrota frente aos nórdicos. Incompreensivelmente, para mim, bert VAN MARWIJK, continua a apostar num duplo pivô defensivo com marc VAN BOMMEL e nigel DE JONG, dois jogadores pouco construtores e muito estáticos, relegando para o banco, por exemplo, kevin STROOTMAN ou rafael VAN DER VAART. Na frente, insistiu em robin VAN PERSIE, numa altura em que talvez fosse aconselhável colocar o jogador do ARSENAL FC numa das alas e lançar na frente, klaas-jan HUNTELAAR.
A Alemanha jogou praticamente com o mesmo onze com que defrontou Portugal, mas desta vez conseguiu fazer um jogo mais conseguido, com um bastian SCHWEINSTEIGER inspirado e com um mario GÓMEZ mais uma vez decisivo.
A seleção germânica dominou toda a primeira parte, perante uma Holanda que atacava apenas com quatro unidades, com um wesley SNEIJDER muito pouco apoiado e dependente das ações técnicas de arjen ROOBEN e ibrahim AFELLAY. A contar também com a subida dos seus laterais a equipa de JOACHIM LOW, foi tendo o controlo da bola no meio campo adversário e após boa jogada e perante a passividade holandesa, SCHWEINSTEIGER serviu na perfeição GÓMEZ que depois de uma fantástica receção fez o 1-0. A resposta por parte da seleção de VAN MARWIJK simplesmente não apareceu e GÓMEZ aproveitou para bisar e calar os críticos.
Na segunda parte, o técnico holandês fez entrar VAN DER VAART e HUNTELAAR, fazendo sair VAN BOMMEL e AFELLAY e o futebol da sua equipa foi outro. Consentido obviamente pela seleção alemã que baixou as linhas, conseguiu fazer circular a bola mais rapidamente e com maior fluidez e principalmente conseguiu fazer a bola chegar aos seus avançados. E justamente, VAN PERSIE acabou por reduzir, num golo que colocou a Holanda no jogo mas que se revelou insuficiente.
A Alemanha colocou-se assim com um pé nos "quartos", afundado a Holanda que continua sem pontuar. Mesmo assim, só após o final da próxima jornada se vai saber quem passa e quem fica, do grupo da morte. O jogo entre Portugal e Holanda terá ainda o interesse de saber como ambos os técnicos vão apresentar o seu jogo. Se Portugal, o bom jogo da Dinamarca mantendo MEIRELES e MOUTINHO com a mesma rotação, se a Holanda a boa segunda parte frente à Alemanha com VAN DER VAART e HUNTELAAR... A ver vamos
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