Euro 2012 - Dia 13 (Portugal - R. Checa) Análise (I)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Num jogo em que Portugal garantiu a presença nas meias-finais do EURO 2012, mais uma vez foi cristiano RONALDO quem decidiu. De cabeça, fez o seu terceiro golo na prova e assim se esquece de vez... o 'chapéu de POBORSKÝ',.


Mesmo depois de uma grande recuperação na fase de grupos, após a derrota frente à Rússia na jornada inaugural, desde o início vi uma seleção portuguesa quase que obrigada a passar às 'meias'. Simplesmente melhor adversário não nos podia ter caído. A Rússia era uma equipa forte (4-1 a esta República Checa), a Polónia jogava em casa (e nós sabemos o quão é importante), e a Grécia dispensa qualquer apresentação, crendo mesmo que ainda há portugueses que ainda ficam com um nó na garganta sempre que esse nome é pronunciado. 

Quanto a Portugal, tinha também recuperado da derrota (1-0) frente aos alemães, venceu então a Dinamarca com o comprimido debaixo da língua e viu (finalmente) RONALDO fazer um grande jogo frente à seleção das três derrotas. Certo é que em termos exibicionais, não foi RONALDO o único a melhorar, mas sim toda a equipa e com grande mérito para PAULO BENTO.

E enquanto o onze escolhido pelo selecionador português foi o mesmo de jogos anteriores já o técnico checo substituiu no meio campo daniel KOLÁR por vladimír DARIDA, colocando nas alas as figuras desta equipa václav PILAR e petr JIRÁCEK. A partir daí, num jogo em que a condição física parecia importante, os dados estavam lançados.

Em relação ao jogo, as duas equipas entraram apáticas, talvez à procura da melhor estratégia, mas os checos estiveram melhor. Na direita, JIRÁCEK foi um falso ala, com vários movimentos interiores para a entrada de gebre SELASSIE, que juntamente com PILAR, no lado oposto, conseguiram alguns desequilíbrios mas sempre sem conseguir criar perigo. Ao invés os médios portugueses raramente conseguiam ter espaço para rodar e tentar servir os três avançados, o que permitia à República Checa ganhar muitas bolas no centro do terreno. 

Tal como frente à Holanda, RONALDO voltou a ser decisivo. (foto daqui)
Com uma pressão forte, a partir dos 20/25 minutos os checos foram obrigados fisicamente a baixar as linhas e a dar a iniciativa de jogo à equipa de PAULO BENTO. SELASSIE passou apenas a defender, e JIRÁCEK passou a ser o quarto médio, enquanto PILAR prendia JOÃO PEREIRA e milan BAROS jogava bem perto dos centrais portugueses. 

Mas se inicialmente a equipa das quinas tinha dificuldade em controlar o jogo, agora via-se com um novo problema: descolar do habitual jogo de contra-ataque e passar a construir jogo. Portugal passou a tentar jogar lateralizado, mas nem RONALDO nem NANI faziam desiquilibrios, nas alas, e com joão MOUTINHO e raúl MEIRELES muito longe da área, hélder POSTIGA no meio dos dois centrais checos estava condenado ao insucesso. 

PAULO BENTO mexeu então na equipa, e mais uma vez no meu entender, bem, tirando da ala RONALDO e colocando-o em zona de finalização, bem perto de POSTIGA e finalmente Portugal começou a criar perigo. Primeiro servido por MOUTINHO, RONALDO atirou para uma grande defesa de petr CECH, pouco depois a passe do outro médio MEIRELES, tentou a bicicleta mas aí a corrente lá lhe saltou fora e depois com mais um passe da zona média fica na retina esse grande trabalho do capitão portugês, a culminar com um remate ao poste. 

Até final do primeiro tempo de realçar também a lesão de hélder POSTIGA. Trabalhou imenso é certo, mas pouco ou nada fez. Entrava então HUGO ALMEIDA, que não ia fazer nem mais nem menos que POSTIGA.       

0 bolas ao poste:

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