Euro 2012 - Dia 17 (Portugal - Espanha) II

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Depois de uma primeira parte em que Portugal teve algum ascendente, diria mesmo alguma superioridade, a Espanha tentou entrar de outra forma no segundo tempo.
Com as mesmas equipas para o segundo tempo, a 'la Roja' entrou melhor. Finalmente com posse de bola, com om XAVI mais liberto e com um importantíssimo sergio BUSQUETS, quer na recuperação de bola quer na entrega da mesma. Contudo, e juntando à exelente performance dos centrais portugueses, a Espanha não tinha na frente quem desse consequência às jogadas de ataque.

A partir daí, aos 53 minutos, DEL BOSQUE trocou NEGREDO por FÀBREGAS, dando mais mobilidade ao ataque, e PAULO BENTO faz (e bem) o que fizera frente à República Checa, colocando RONALDO (apagado ora na direita ora na esquerda depois de trocar com NANI) perto de HUGO ALMEIDA e deixando o corredor para COENTRÃO. Portugal começou de novo a chegar perto da área espanhola e por duas vezes o ponta de lança do BESIKTAS JK, conseguiu o remate, mesmo que sem perigo.

Mas se é certo que PAULO BENTO mexeu bem no modelo da sua equipa, é certo também que o técnico espanhol respondeu da melhor forma. Fez sair o apagado SILVA colocando o velocista jesus NAVAS, bem na direita, aproveitando a mobilidade de FÀBREGAS e sobretudo evitando as subidas de COENTRÃO e obrigando ainda o treinador lusitano a fechar o lado esquerdo, devido ao adiantamento de ARBELOA. E assim sendo foi HUGO ALMEIDA quem baixou, ficando apenas e só RONALDO na frente. 

Mesmo assim e respondendo a um remate de XAVI que testou a atenção de PATRÍCIO, Portugal continuou bem no jogo, voltando a equilibrar no meio campo, tendo alguma posse de bola e com alguns livres bem ao jeito de Cristiano, que iam no entanto sendo desperdiçados, mas acima de tudo mantinha esta equipa espanhola longe da área ou se quiserem, longe de criar perigo. 

PAULO BENTO voltou a mexer, por volta dos 80 minutos, numa altura em que já ambas as equipas olhavam para o relógio, fazendo entrar NÉLSON OLIVEIRA para o lugar de HUGO ALMEIDA. Quis com isso tentar explorar as diagonais do jogador do SL BENFICA, para também RONALDO poder aparecer no espaço, mas muito sinceramente, e é a minha opinião, talvez silvestre VARELA fosse a melhor opção, sendo também ele um jogador com capacidade para aparecer na área e com mais capacidade também para fechar o lado esquerdo. 

Já com os olhos no prolongamento, respondeu mais uma vez DEL BOSQUE com a última alteração. Tirando XAVI e lançando PEDRO rodríguez para explorar o lado do fatigado JOÃO PEREIRA, permitindo ainda que XABI ALONSO subisse um pouco mais no terreno. O que é certo é que após um ascendente espanhol nessa parte final e depois de um pontapé de canto, precisamente para a Espanha e do lado de 'Pedrito', Portugal tem então a grande oportunidade do jogo. 

Rápido contra-ataque e muito bem delineado por MOUTINHO, mas depois MEIRELES demorou uma eternidade a colocar a bola em RONALDO e quando o fez, simplesmente fê-lo mal. Passe atrasado, com ARBELOA muito bem a fechar o lado direito de RONALDO (ou não o conhecesse do REAL MADRID CF) que por sua vez foi obrigado a puxar para o pé esquerdo, o pé que menos gosta, e a rematar ao lado. 

A primeira meia final deste EURO 2012 foi assim para prolongamento, que aliás, começou com o tal ascendente espanhol. PEDRO, INIESTA e JORDI ALBA a porem em água a cabeça a JOÃO PEREIRA, com NAVAS a ser também chamado ao jogo do lado direito, e enquanto miguel VELOSO e principalmente MEIRELES, rebentavam pelas costuras, foi PATRÍCIO com uma defesa milagrosa a remate de INIESTA a fazer ainda acreditar cerca de 10 milhões de portugueses. 

E numa meia hora em que a Espanha acabou por fazer tanto ou mais que em 90 minutos e em que Portugal nada arriscou, tendo recuado mesmo as suas linhas, CUSTÓDIO e VARELA ainda entraram, apenas e só para dar frescura a um meio campo dominado e que já só esperava as grandes penalidades.

Pela segunda vez no EUROPEU, uma eliminatória foi decidida nas grandes penalidades. E se uns dizem que é sorte ou azar, havendo mesmo quem apelide de lotaria, eu prefiro previligiar a estratégia. Não há moeda ao ar, simplesmente, ganha quem marcar mais. E que ninguém diga que as prestações durante o jogo, o cansaço fisico e psicológico, a pressão  e até mesmo a confiança não têm validade nas grandes penalidades. Como outra situação qualquer o jogo de equipa é preponderante. E enquanto DEL BOSQUE colocou a bater os mais internacionais, na seleção portugesa o 'melhor do mundo', incompreensivelmente nem sequer bateu.

E assim sendo o marcador oficial de penalties espanhol partiu na frente e, PATRÍCIO defendeu. Mérito, muito mérito para o guarda-redes leonino. Esperava-se RONALDO para dar a importante vantagem, mas foi chamado o melhor português do EURO 2012. Simplesmente marcaria se CASILLHAS (o melhor do mundo na posição), não tivesse adivinhado o lado. INIESTA colocou a Espanha em vantagem e PEPE lá empatou. Gerard PIQUÉ e NANI mantiveram a partida empatada. Sergio RAMOS ainda encheu de esperança os portugueses que logo a seguir morream de odio ao célebre antonín PANENKA. Portugal era praticamente obrigado a marcar e mais uma vez o 'rei dos penalties' não apareceu. Apareceu BRUNO ALVES que consigo a trave. E depois da bola ter batido no ferro e ter saido, bastava a FÀBREGAS tentar marcar e... a bola lá bateu no ferro e entrou. 

Portugal cai com honra e é certo que levou esta Espanha até ás grandes penalidades mas... para um povo acostumado a tradições marítimas, num jogo em que não acertamos uma bola na baliza, mais uma vez, morremos na praia. Resta-nos o consolo, de termos sido derrotados nas grandes penalidades.  
  


   



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