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O desporto rei aos olhos de um amador
No Europeu de 1992, na Suécia, foi protagonizada uma das maiores surpresas em toda a história do futebol. Com a guerra na Jugoslávia, que estava classificada para disputar o torneio, a UEFA suspendeu o país e a Dinamarca ocupou a vaga. Sob o comando do técnico Richard Møller Nielsen, e num tradicional estilo defensivo, baseado no forte guarda-redes Peter Schmeichel e na sua defesa, junto da criatividade de Brian Laudrup, a seleção dinamarquesa avançou a partir da fase de grupos, à qual contava com a França e a Inglaterra. Na meia-final derrotou a Holanda, através das grandes penalidades, e com a vitória na final por 2 a 0 sobre a Alemanha, a seleção “repescada” conquistou, contra todas as expectativas, o seu primeiro troféu de renome internacional.
A 22 de junho de 1986, na Cidade do México, o estádio Azteca foi palco de um dos mais antológicos jogos da história do futebol mundial. Perante 115 mil espectadores, e nos quartos-de-final do Mundial 86, Diego Maradona escreveu, frente à Inglaterra de Bobby Robson, uma página de ouro no livro da história do desporto rei. A “mão de Deus” como o próprio apelidou correu mundo, tornando-se uma das mais belas memórias de todo o universo desportivo. Já o segundo golo de El Pibe, foi reconhecido como uma dádiva dos céus. Minuto 54, Dieguito recebeu um passe de Batista ainda antes do meio campo, e deixou pelo caminho 6 jogadores ingleses, incluindo o veterano guarda-redes Peter Shilton, fazendo aquele que para muitos, como a FIFA, se tornou, o “golo do século”.
Quando se fala em "virar o resultado", quem não se lembra do 'calcanhar de Madjer' em Viena, a iniciar a reviravolta do FC Porto frente ao Bayern Munique, na final da Taça dos Campeões Europeus, de 87, ou a 'cambalhota' do Manchester United frente ao mesmo colosso alemão na final de Barcelona, em 99? Também a 23 de julho no Mundial de 66, Portugal iria, pela mão de Eusébio, protagonizar uma das mais fantásticas reviravoltas que o mundo do futebol já viu. Em Goodison Park, em Liverpool, os 'magriços' eram surpreendidos pela Coreia do Norte que aos 23 minutos já venciam por 3-0. No entanto, e em 32 minutos, 4 golos do 'Pantera Negra' deram a volta, selando José Torres, o 5-3 e um dos melhores momentos que o futebol lusitano já viu...
No mundo do futebol, sempre houve equipas que nos fizeram sonhar, com verdadeiros mestres da tática, e fantásticos jogadores. Do Real Madrid de Puskás, ao ‘Barça’ de Cruiff, do Brasil de Pelé, à Argentina de Maradona, do Benfica de Eusébio ao FC Porto de 87, passando pelos tempos de glória de Milan, Manchester e da própria ‘laranja mecânica’ da década de 80. Mudam-se os tempos, surge uma nova era no desporto rei. Em 2008, Pep Guardiola criava um novo conceito de futebol, transformando a tática em filosofia e a estratégia em cultura. Acrescentando os valores de Villa, Fàbregas e Dani Alves à base dos jogadores da ‘cantera’ como Valdés, Puyol, Piqué, Xavi, Iniesta, Pedro, Busquets e o ‘tri’ Bola de Ouro Messi, o ‘Barça’ conquistou uma dimensão à escala planetária, eternizando o ‘tiki taka’ a base para os 13 troféus em 16 possíveis.
O futebol é paixão, alegria, mas toda essa magia é esquecida quando o entusiasmo se transforma em lágrimas e sangue, deixando todo o desporto enlutado. A 6 de fevereiro de 58, a equipa do Manchester United regressava da Jugoslávia, onde tinha jogado para a Taça dos Campeões Europeus, quando o avião onde seguia se despenhou. Entre os 74 mortos, 8 eram atletas e 3 dirigentes. Entre os sobreviventes estava o carismático Bobby Charlton. Mas as tragédias também se podem ver nos estádios. Já em fevereiro de 2012, em Port Said, no Egito, o confronto entre os adeptos do Al-Ahly e do Al-Masry, após o apito final, resultou numa catástrofe: 74 mortos e mais de mil feridos numa tragédia que se estendeu ao Estádio do Cairo, onde no jogo entre o Al-Ismailiya e o Zamalek, uma bancada seria incendiada.
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