Em
entrevista dada ao jornal “O Jogo”, na edição de segunda-feira, o colombiano
freddy GUARÍN, jogador emprestado pelo FC PORTO aos italianos do INTER DE
MILÃO, afirmou entre outras coisas, que o compatriota JAMES rodríguez «é bom de mais
para Portugal» e que «não é normal» o próprio GUARÍN «trabalhar bem e perder assim
a titularidade». Sinceramente, isto causa-me alguma confusão... e até algum
desagrado.
Freddy
GUARÍN chegou ao FC PORTO em 2008, vindo dos franceses do AS SAINT-ÉTIENNE,
clube que o tinha contratado duas temporadas antes ao CA BOCA JUNIORES da Argentina.
E se quando chegou à cidade invicta tinha apenas 3 títulos oficiais, todos pelo
BOCA, GUARÍN deixou o FC PORTO com 12 troféus no palmarés. São mais 9
conquistas, em apenas três temporadas e meia. E atendendo à possibilidade dos
azuis e brancos poderem revalidar o título, mesmo jogando com a camisola do
INTER, mais uma medalha pode estar a caminho.
Por
isso não entendo muito bem o que quer o colombiano. Em Portugal, e apesar de
ter uma grande qualidade, nunca foi jogador que me enchesse as medidas. Remata
bem, tem qualidade ao nível de passe, é certo, mas é também um jogador que desmotiva
com demasiada facilidade e em que a entrega ao jogo está dependente de várias situações
como a titularidade. Compreensivelmente tapado no meio campo por FERNANDO e joão
MOUTINHO, GUARÍN perdeu então o estatuto, amuou e quis sair para Itália, para
seguir o ‘sonho’ de ingressar estranhamente num clube em crise. Penso mesmo que
para o atleta sair do FC PORTO e do futebol português era tanto ou mais importante
que jogar no INTER, mas quem sou eu...
Certo
é, que o médio tem mesmo que convencer para ficar em Itália, pois o que os ‘nerazzurri’
têm que pagar para a requisição a título definitivo são ‘apenas’ uns 13
milhões, caso contrário terá um regresso nada fácil ao Dragão. Arrisco-me a
dizer, até pelo que vejo no seu currículo, que na realidade o futebol em
Portugal é bom demais para um jogador ‘pachorrento’ como é Guarín.
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