Confiança: Uma questão de interpretação

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


Mal vi a equipa tipo do FC PORTO no jogo com o SC BRAGA, para a TAÇA DE PORTUGAL, postei na minha conta do Facebook que, se passasse com aquele "onze", VÍTOR PEREIRA seria o "maior". Não o fiz pelo onze propriamente dito... mas também não errei na minha "dúvida".

Depois de para o campeonato o FC PORTO ter vencido em Braga, o técnico azul e branco achou por bem trocar 8 jogadores para um jogo a eliminar, precisamente frente aos bracarenses. Que é uma jogada de risco, não tenho dúvida, mas mostra também a confiança que tem (e um treinador tem que ter) na sua "segunda linha" e no trabalho que ele próprio tem desenvolvido. E a propósito desse trabalho, VÍTOR PEREIRA merece, sem dúvida alguma, a credibilidade no seu valor e na sua confiança. Daí eu não ter duvidado nos onze jogadores escolhidos pelo técnico para a pedreira, nem sequer na sua estratégia, mas sim, na sua interpretação de confiança, ou se quiserem, desconfiei da sua confiança. E passo a explicar.

Seria injusto, ou incorreto, duvidar na qualidade de jogadores como FABIANO, MIGUEL LOPES, eliaquim MANGALA, steven DEFOUR ou mesmo cristian ATSU e aí, não seriam ABDOULAYE ba, andré CASTRO ou KLÉBER que interfeririam, decisivamente, na qualidade de jogo do FC PORTO. E os dragões até entraram bem e a vencer, com o golo de MANGALA. Iam roubando ao SC BRAGA o seu ponto forte, o contra ataque, e apesar de não dominar o encontro, vendo perto da sua baliza alguns lances de perigo, os azuis e brancos iam controlando-o, e afastando de uma ou de outra forma esse mesmo perigo, e certo é que ao intervalo o resultado dava razão ao seu treinador. O que me "assusta" porém, não é, como já referi, a confiança de VÍTOR PEREIRA ao montar a sua equipa, mas sim, as dificuldades que sente quando tem que mexer, seja em função do adversário, ou com aquilo que o jogo lhe reserva.
A expulsão de CASTRO baralhou a estratégia do FC PORTO
Assim sendo e, já depois de ter trocado MIGUEL LOPES e FERNANDO por LUCHO gonzáles e DANILO, V.P. vê, aos 61 minutos, josé PESEIRO colocar RÚBEN MICAEL, jogador que acabaria por mexer com o jogo. E se os arsenalistas, a perder, estavam naturalmente por cima, ao minuto 72, CASTRO é expulso e, com o percalço, vem também o verdadeiro teste à confiança do treinador portista.

Sem conseguir anular a entrada de MICAEL e a importância que este teve no jogo, VÍTOR PEREIRA tinha agora pela frente 20 - ou 50 - minutos em inferioridade numérica. Coincidência ou não, é precisamente com o líder técnico dos campeões nacionais à procura de uma solução, que 3 minutos após a expulsão, DANILO faz auto-golo deitando por terra toda a estratégia da sua equipa. Para piorar a situação, logo de seguida e, quando tentava também encontrar a sua fé, que no momento andava perdida, VÍTOR PEREIRA vê ÉDER fazer o 2-1, colocando o SC BRAGA em vantagem. Em apenas 8 minutos, da expulsão de CASTRO ao golo de ÉDER, tudo mudou e, a lição que VÍTOR PEREIRA tinha dado à importância do jogo, era dada, agora, pela importância do jogo a VÍTOR PEREIRA. Uma lição que acabou por custar a primeira derrota da época.

Mesmo com JAMES rodríguez a enaltecer, já após o jogo, o aumento de confiança do seu técnico, a verdade é que essa confiança, pelo menos na TAÇA DE PORTUGAL, não foi suficiente para passar em Braga. E pelo segundo ano consecutivo VÍTOR PEREIRA não chega aos "quartos" da competição. A ver vamos se, na TAÇA DA LIGA, o técnico vai ser mais prudente, poupando-se à desconfiança, ou se pelo contrário, vai voltar a confiar na sua própria confiança. Talvez o melhor é não confiar, pelo menos enquanto não for o "maior".

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