Parabéns ao bicampeão... e ao mérito de Vitor Pereira (II)

terça-feira, 1 de maio de 2012



Uma coisa é dizer que VITOR PEREIRA é ou não treinador para o FC PORTO, outra, bem diferente é tirar valor àquilo que conquistou. Motivar uma equipa que ganhou tudo numa época não é nada fácil. E como pep GUARDIOLA não o conseguiu no FC BARCELONA, PEREIRA não o conseguiu no FC PORTO. Mesmo assim, uma vitória na SUPERTAÇA e uma grande exibição frente ao todo-poderoso Barça aguçaram o apetite para uma temporada conturbada.

Depois disso, FERNANDO mostrou vontade em sair e passou (e bem) pelo banco, aparecendo depois na máxima força. Jorge FUCILE, cristian SAPUNARU, cristián RODRÍGUEZ e WALTER foram alvos (alegadamente) de indisciplina, sempre e em todos os casos, bem geridos pelo técnico. VITOR PEREIRA aliás, mostrou também que havia vida na no meio campo para além do ‘indispensável’ freddy GUARIN, de fernando BELLUSCI e rúben MICAEL, e que de uma forma ou de outra sobreviveu à falta de radamel FALCAO, ou mais importante que isso, à falta de um ponta de lança na equipa durante praticamente toda a época. O mérito de V.P. passa também pela recuperação, em termos exibicionais, de joão MOUTINHO, importante nesta fase final de época e das valorizações de JAMES rodríguez e MAICON que cada vez mais se vêm neste FC PORTO como elementos fundamentais. Para além disso, é dada, quase por unanimidade, razão ao treinador azul e branco quando o tema são as conturbadas saídas de ROLANDO e ÁLVARO PEREIRA do 11.

Com todos estes problemas, VITOR PEREIRA não sobreviveu a um grupo ‘acessível’ na LIGA DOS CAMPEÕES com FC ZENIT, APOEL e FC SHAKHTAR DONETSK, não ultrapassou a ACADÉMICA para a TAÇA DE PORTUGAL e foi eliminado da LIGA EUROPA frente ao MANCHESTER CITY FC, mas mesmo assim e debaixo de fogo por parte de adversários, imprensa e próprios adeptos portistas, nunca e em circunstância alguma deixou de lado o discurso de portista, o discurso de optimismo e o discurso de crença nos jogadores e no seu trabalho. Mesmo a 5 pontos dos encarnados, o técnico espinhense foi o primeiro a não baixar os braços, o primeiro a lançar palavras de promessa e a apontar o título como meta.

PEREIRA, sagra-se assim campeão na primeira época como técnico na primeira divisão, com mérito, fazendo do FC PORTO bicampeão, e fazendo frente, com o melhor ataque e melhor defesa, ao rolo compressor e futebol espectáculo dos encarnados. E com tudo isto, que ninguém tente desviar o técnico das responsabilidades no título. Ele, que depois de pôr mão no plantel e ganhar a confiança dos mais importantes atletas, perfila-se mesmo como o próximo técnico dos dragões. E talvez este, não queira tão cedo, abandonar a sua cadeira de sonho.

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